Como você vê os incentivos dos órgãos competentes estaduais e municipais na questão cultura em nosso Estado?

-Eu vejo com otimismo, pois um estado com o nosso, que tem sua capital Aracaju como a cidade de maior qualidade de vida do Brasil, não poderia chegar há este estágio, sem cultura. Estamos no caminho certo, porém, ainda acho que poderia haver um maior envolvimento aos projetos culturais e parcerias entre órgãos e empresários, tudo em busca de um maior enriquecimento cultural em Sergipe.


É difícil garimpar espetáculos interessantes para Sergipe?

-Não, é só pesquisar, o difícil é conseguir parceiros que tenham a visão de aliar a sua marca a projetos culturais. Ainda existem muitos empresários em Sergipe, sem essa sensibilidade, principalmente quando se trata de peças infantis que são raras em nosso estado.

Nós temos vários teatros de todos os portes, inclusive o Teatro Tobias Barreto, Considerado um dos melhores do País. O que está faltando para Sergipe entrar no roteiro das principais pautas dos importantes espetáculos?

-Tornar Sergipe os olhos d´água dos produtores nacionais. Precisamos mostrar para eles que aqui tem potencial em público, parceiros e empresários. A principal estratégia é fazer com que Aracaju seja uma passagem indispensável para qualquer peça; tornando parte do roteiro e do planejamento. Precisamos também exportar atores, peças, grupos musicais, de dança, arte, cultura para outros estados, é imprescindível haver este intercâmbio cultural.


Os sergipanos gostam de ir a espetáculos onde os artistas estão com a cara na Televisão. Na verdade, eles deveriam avaliar um bom texto e roteiro, por exemplo. Como você vê essa problemática?

-Nos somos produtos do meio, nós comemos o que vemos, e somos influenciados pela mídia a todo estante, seja ela no rádio, no jornal, hoje na Internet, e é claro na maior mídia de massa, a Televisão. Esse fato é cultural, e para que haja essa mudança de pensar, é necessário uma quebra de paradigma muito grande e desafiadora. Não podemos desistir, e esse trabalho deve começar na sala de aula e dentro de casa, é preciso saber que nem tudo que passa na TV é o melhor.

Você é fascinada por espetáculos infantis, por quê?

-Sim, sou uma eterna criança. No meu roteiro de vida sempre estive no mundo infantil. Iniciei no centro de criatividade, nas oficinas de arte, na minha ex-Escolinha de Música Aglaé Alencar e Diretora da Biblioteca Infantil do Estado. A pauta é longa...hehe Apresentei um programa infantil chamado “Boca de Forno”, na televisão, durante cinco anos, e este era o meu "xodó". Então, toda essa experiência na área infantil repercutiu nas minhas preferências produtivas, geralmente ligadas ao público infantil. Procurei depois da formatura em Jornalismo, que teve como tema de conclusão de curso A criação de um site ligado a "crianças especiais”, me aprofundar mais nesse universo infantil e sua problemática. Especializei-me em Psicopedagogia Institucional e Clínica e planejo no futuro também atuar nessa área.

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